terça-feira, dezembro 28

Pandemia

De repente,
Tudo fecha,
Gera briga,
Nasce um vírus desconhecido,
Sem vacina,
Pandemia,
A distância se instalou,
Mas, mesmo de longe,
A gente se reinventou,
O celular se tornou ferramenta importante,
Que nos reaproximou,
E, mesmo sem o calor de um abraço,
A gente deu um jeito,
De se abraçar,
Abraçamos o novo, 
O novo jeito de amar,
O novo jeito de estar perto,
E o novo jeito de alegrar o mundo,
E, depois de tanto sofrimento,
Conseguimos nossa maior conquista,
Um tratamento,
Uma vacina,
Para podermos nos livrar, assim,
Dessa tal de pandemia,
E poder voltar viver,
Como antes a gente vivia.

Hey Lyrers, mais poema aqui para vocês. Espero, de coração, que vocês gostem.
Beijinhos da Lyra. :D

quinta-feira, dezembro 2

Poema da Bruxa

Eu sou a fúria,
E a vaidade,
Sou o sol,
E a tempestade,
Fui queimada,
Afogada,
Morta por espadas,
E estacas,
Eu morri mil vezes,
E revivi das cinzas,
Pois como a Fênix,
Eu sou a morte,
E sou a vida,
Por isso, sempre estou viva,
E mesmo que não me vejam,
Estou sempre presente,
Eu sou a natureza,
E todo o resto,
Eu sou beleza,
Eu sou a mãe das mulheres,
E a filha das grandes deusas,
Eu sou a bruxa,
A pecadora,
E a criatura mais poderosa,
Eu fui sangue,
Fui carvão,
E fui história,
Hoje sou a doutrina,
A fé,
E o refúgio de muitas mulheres,
Tenho muitas irmãs,
Muitas seguidoras,
Eu sou a bruxa.

Hey Lyrers, mais um poema aqui para vocês. Espero que gostem.
Beijinhos da Lyra. :D

terça-feira, novembro 30

Terra sem chão

Vivia numa terra,
Que eu diria ser muito engraçada,
Era terra de ninguém,
Que, curiosamente, era muito bem, povoada,
Era uma terra sem chão,
Onde quanto mais se anda,
Mais o chão gruda no pé,
E quanto mais longe estava da mata,
Mais perto estava do igarapé,
Era uma terra curiosa,
Em que mesmo sem valor,
Era muito preciosa,
A terra de onde vim,
Era uma terra de ninguém,
Uma terra sem chão,
Onde quem souber mais que lhe conte,
Pois eu pego meu chapéu,
E acendo meu lampião,
E vou-me embora,
Desse bar,
Deixando uma história,
De um velho andarilho,
Que vivia numa terra sem chão.

Hey Lyrers, mais um poema aqui pra vocês. Espero muito que gostem.
Beijinhos da Lyra. :D

quinta-feira, outubro 28

Desprezível amor

Ora porra de amor,
Trazido por cupido,
Maldição disfarçada,
Pura cilada,
Sentimento proibido,
Pecado sem pudor,
Ora droga de afeição,
Coisa desprezível,
Insensível,
Mentirosa,
Uma bosta de emoção,
E por que tanto ódio dessa tentação?
Ora Olimpo bendito,
É que teu anjo, o cupido,
Me atraiu,
Fingindo aquele tal amor,
E, em seguida,
Me abandou;

Hey Lyrers, tudo bem?
Estou aqui com mais um lindo poema de amor para vocês. Espero que gostem e aproveitem a leitura.
Beijinhos da Lyra. :D

terça-feira, outubro 26

Poema em maresia

É tudo sobre o mar,
Sobre amar,
Sobre o vento,
Sobre as ondas,
E a maresia,
Sobre a paz,
E o sol que nos ilumina,
É sobre tudo o que mar trouxe,
E tudo que ele pode levar,
Tudo sobre seu poder,
Sua grandeza,
E sua enorme beleza,
É sobre ir e vir, como o mar,
Mas, no fim das contas,
É melhor ficar, e amar,
Amar estar,
Amar o mar,
E, na maresia, perante o luar,
Querer na areia se deitar,
E ficar por ali,
Ser ir, nem voltar.

Hey Lyrers, mais um poema aqui para vocês. Espero que gostem.
Beijinhos da Lyra. :D

domingo, outubro 24

Vocífero

Eu queria gritar,
Sabe?
Bem alto,
Para esse mundo surdo,
Me ouvir,
Pois não há rima,
Que nesse universo,
Me ajude a querer viver,
Mas,
Há momentos,
Em que a dor se cala,
E tudo só continua,
E se segue,
E se segue,
Até o segundo de paz morrer,
E todo o pesadelo retornar,
Então eu só vivo,
Ou sobrevivo.

Hey Lyrers, mais um poema para vocês. Espero que gostem. 
Beijinhos da Lyra. :D

quinta-feira, setembro 30

(In) Feliz

Sorrindo como uma boneca,
Vivendo um caos, um inferno,
Escondendo do mundo o que quero gritar,
Fingindo estar feliz,
Estar contente,
Fingindo que tudo é rosa e perfeito,
Me forçando a acreditar que tudo está bem,
Que tudo é lindo e colorido,
Sumindo numa mentira, caindo numa cilada,
Tudo isso é como uma armadilha,
Uma prisão solitária,
Uma tentativa falha de me libertar,
Deitada quieta, caída feito pedra,
Anestesiada, drogada por uma falsa verdade,
Estou à mercê da pior morte,
A morte pessoal, talvez, existencial,
Com o peito doendo,
Sentindo estar afundando cada vez mais,
Estou sumindo, sendo levada ao fim,
Um final onde não há nada, nem ninguém,
Entorpecida pela infelicidade,
Esquecida pelo mundo,
Largada ao destino,
Um destino frio, vazio, 
Em silêncio, gritando por dentro,
Sofrendo só, somente comigo,
Surtando, gritando, me libertando,
Desabafando com o vento,
Sozinha, desejando o fim,
O pior fim, um final trágico e doloroso, 
Uma morte silenciosa, ligeira,
Uma sorte de ir, e de nunca mais voltar,
Encontrando a mim enquanto me perco,
Solitária, 
Amargurada,
Entristecida,
In Feliz...

Hey Lyrers, depois um tempinho sem celular, consegui voltar e trazer esse poema para vocês. Espero que gostem.

Beijinhos da Lyra. :D

domingo, setembro 5

A luz do amanhecer

Gosto de pensar na luz do sol,
E que ele irá me iluminar no amanhecer,
Que o grandioso astro me renovará,
E todo o resto vai mudar,
Que a paz vai ir além,
E que o amor vai reinar,
Gosto de pensar na luz do sol,
E em um novo amanhecer,
Num novo mundo,
Com novos amores,
Novas pessoas,
Num amanhã melhor,
Gosto de pensar no sol,
Na luz quente,
E num último amanhecer;

Hey Lyrers, mais um poema para vocês. Espero que gostem.

Beijinhos da Lyra :D

quinta-feira, setembro 2

Como Van Gogh amou

Ah, amor meu,
Amo-te como Van Gogh amou as estrelas,
Como amou o amarelo, e o azul,
Como preferiu a noite, ao dia,
E como preferia a arte, ao caos do mundo,
Ah, amor meu,
Se entendesse de arte como eu,
Me entenderia,
Poderia compreender minhas cores,
E minha ausência delas,
Mas, mesmo assim, amor meu,
Eu te amo,
E te amo incondicionalmente,
Sem limites nem barreiras,
Apenas amor, 
Puro e decadente amor,
Assim como o de Van Gogh...

Hey Lyrers, como estão?
Mais um poema aqui pra vocês, espero que gostem.

Beijinhos da Lyra :D

terça-feira, agosto 31

Irracional Razão

Razão,
A decadência da nação,
Ódio instalado,
E o povo calado,
Servindo o podre diabo,
O Messias genocida,
Dando a todos um presente de vida,
Uma passagem só de ida,
Pra um lugar além de tudo,
Além do mundo,
Nos oferecendo para morte,
Sem sorte,
E a sociedade fraca, ninguém forte,
Um feixe de desolação,
De corrupção,
O mundo caído,
Destruído,
Arruinado,
E todo mundo desconsolado,
Inconsolável,
Sem atalhos,
Nem salvação,
Apenas as almas perdidas,
Esquecidas,
Ao diabo vendidas,
Pobres almas, pobres vidas
Razão irreal,
Inconsciente,
Irracional.

Hey Lyrers, como vocês estão?
Mais um poema aqui para vocês. Espero que gostem.

Beijinhos da Lyra :D

domingo, agosto 29

O IR Aonde

Existir,
Desistir,
Desexistir,
Reexistir,
Extrair,
Distrair,
Desextrair,
Instruir,
Insistir,
Discutir,
Destruir,
Sucumbir,
Reunir,
Reconstruir,
E de novo, nesse ciclo,
Tornar a ir...

Hey Lyrers, mais um poema para vocês, espero que gostem. 

Beijinhos da Lyra :D

sábado, agosto 28

Sem corpo

Ora são,
Ora insano,
Ora voz,
Ora corpo,
Ora asa,
Ora corvo,
Em toda escuridão,
Há um pouco de mim,
Em mim por inteiro,
Mal há solidão,
Ora estou perdido,
De quê?
Não sei dizer,
Talvez me perdi de quem era,
Para, quem sabe, encontrar quem sou,
Era eu, apenas homem,
Mero andarilho,
Sem amor,
Sem dores,
Apenas uma alma,
Mera alma,
Nada mais que espírito,
Sem corpo.

Hey Lyrers, poema bônus pra vocês, espero que gostem.

Beijinhos da Lyra :D

Amor não amado

Meu amor por ti é: condutor.
Conduzindo as batidas do meu coração,
Guiando-me na vida,
Deixando que eu voe.

Meu amor por ti é: presente.
Que me enche de felicidade,
Alegrando minh'alma,
E me fazendo sorrir.

Meu amor por ti é: delírio.
Faz-me pensar que és real,
Que és meu amor,
E que vais me amar.

Neste mundo não há de existir,
Amor tão grande quanto o meu,
Tão mentiroso e irreal,
Cretino és meu coração,
De achar que tu, meu amor,
Seria realmente meu.

Hey Lyrers, estou aqui com mais um poema de pesar o coração, espero que gostem. 

Beijinhos da Lyra :D

sábado, fevereiro 20

Em busca da verdade

Donde vim e para onde irei?

E para onde voltar? Se é que posso.

Ou devo apenas ir, sem volta.

Quem sou eu? Não mais me conheço.

Vivendo à mercê do destino? Sou andarilho.

Mas que raio de destino? Óh, caminho exaustivo.

Busco n'onde jaz a mentira, uma pista.

Para assim, encontrar a tal da verdade.

E, talvez, a mim mesmo.


Olá queridos, mais um poema para vocês. Espero que curtam essa reflexão poética, foi feito com muito carinho.

Beijinhos da Lyra.