terça-feira, março 22

Amorarte

Talvez, a beleza dos quadros de Van Gogh,
Não se iguale a sua,
Por quê de todos os ângulos que eu te via,
Eu continuava te amando,
Mesmo depois de ver que você era só mais um quadro rasgado,
Uma obra em frangalhos,
Mas que continuava bela, apesar dos estragos,
Era arte, pura e bela arte,
E não importa o que os outros pensem da sua ruína, ela é tão bela quanto o mais puro e reluzente ouro,
Eu já via, há muitos séculos, você brilhar,
Enquanto eu permanecia apagado e obsoleto, como um computador velho,
Você sabia ser arte, de todas as formas,
E eu amava ver essa sua parte, 
Adorava admirar suas cores, e as pinceladas, e a mistura,
A mais louca e perfeita mistura, de cores, de cheiros, de texturas,
Eu sentia sua arte,
E senti até aquele último momento, o fatídico dia em que te vi ir,
Levando contigo um pedaço meu, que nunca mais voltaria a existir,
Você desistiu de tudo, abandou suas artes, e me deixou só,
Isso foi doloroso, e me ensinou que a arte nunca foi apenas você,
E que eu iria brilhar sozinho, porquê a arte também era eu, e também vivia em mim.

Hey Lyrers, mais um poema aqui para vocês. Espero que gostem. Passei um tempinho em hiatus, pois não estava conseguindo escrever ou postar quaisquer texto. Contudo, vou tentar arrumar o blog para vocês e colocar os poemas que ainda faltam.
Beijinhos da Lyra. :)

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