Enclausurado,
O pássaro,
Se debate,
Numa pequena caixa de madeira,
- Oh, senhor! Ora, pai!
E se debate,
Clama e reclama:
- Oh, Deus! Oh, senhor!
E se debate,
Voa-te para fora, passarinho.
Para fora de ti!
Mas, ora, não sai do lugar,
Pois tens o pecado sobre as asas,
E a caixa, é o reflexo de seu demônio,
Enclausurado,
Ele clama:
- Oh, céus! Oh, Deus!
E seu piar, vai-se esvaindo,
Seu pequeno corpo se amolece,
E, de súbito, ele cai, e então:
- Oh, Deus!
E ali jaz o pássaro,
No chão da caixa de madeira;
A caixa foi aberta,
Mas já não se tem o que libertar!
Hey Lyrers, mil desculpas pelo hiatus, não tenho escrito tanto nos últimos tempos, mas isso não quer dizer que não tenho buscado mais inspiração para alimentar o blog. Espero que gostem do poema e que sirva para refletir sobre a vida e as complexidades da sociedade.
Beijos da Lyra. :)