quarta-feira, julho 10

Profundo pesar

Palavras pesadas,

Sentidas,

Mentiras,

O papel, como companheiro,

Tão pesado,

Traiçoeiro,

Uma ruína em meu peito,

Reconstruindo,

Destruindo,

Tudo sempre passageiro,

É o que dizem,

Desacredito,

Em silêncio,

Pois se me imponho,

Sou desordeiro,

Oh, poesia,

Velha amiga,

Que falta sinto,

De me sentir tão vivo,

Hoje sou apenas fantoche,

Sempre cênico,

Numa máscara, sou cínico.

Hey lyrers, desculpem o hiatus, palavras não são tão abertamente fáceis de escrever quando o dia a dia pesa sobre nossa mente. Espero que gostem.

Beijinhos da Lyra. ;)

quinta-feira, novembro 30

Im(paz)ciência;

Celestial é a boca do abismo,

Não há em Terra, tão sublime sentimento,

Que sentimento? O de pré-morte!

Antes de deixar este cruel plano, muito se morre,

Mesmo ainda vivo.

Se morre de amor, de cansaço,

Ou simplesmente de exaustão.

Se morre de tanto pensar, e de não pensar nada,

Se morre de mente e de alma,

E no fim, se morre sem nada,

Sem bem, sem mal,

Sem amor, sem ninguém,

Só se morre, pois é o fim,

O fim do corpo, e porém, o fim de tudo,

E daí, já se pulou do precipício,

Já se rolou penhasco à baixo,

E tudo se foi descartado,

No final das contas,

Nem paz para a morte se tem,

Pois se morre rodeado...


Hey Lyrers, após meio século de espera, trago hoje uma reflexão sobre a visão pré-estabelecida de morte que nos é dada desde o berço. Espero que gostem!

Beijinhos da Lyra. ;)

terça-feira, outubro 31

Clamor cego;

Enclausurado,

O pássaro,

Se debate,

Numa pequena caixa de madeira,

- Oh, senhor! Ora, pai!

E se debate,

Clama e reclama:

- Oh, Deus! Oh, senhor!

E se debate,

Voa-te para fora, passarinho.

Para fora de ti!

Mas, ora, não sai do lugar,

Pois tens o pecado sobre as asas,

E a caixa, é o reflexo de seu demônio,

Enclausurado,

Ele clama:

- Oh, céus! Oh, Deus!

E seu piar, vai-se esvaindo,

Seu pequeno corpo se amolece,

E, de súbito, ele cai, e então:

- Oh, Deus!

E ali jaz o pássaro,

No chão da caixa de madeira;

A caixa foi aberta,

Mas já não se tem o que libertar!


Hey Lyrers, mil desculpas pelo hiatus, não tenho escrito tanto nos últimos tempos, mas isso não quer dizer que não tenho buscado mais inspiração para alimentar o blog. Espero que gostem do poema e que sirva para refletir sobre a vida e as complexidades da sociedade.

Beijos da Lyra. :)

quinta-feira, outubro 27

Chuva de Verão

Queria escrever um poema,
Um poema que não tivesse você,
Mas é impossível,
Eu só penso,
Sonho,
E me inspiro em você,
Você é amigo,
É abrigo,
E eu gosto disso,
Faz eu me sentir feliz,
E protegida,
E, talvez, um pouco amada,
Você quebra o muro rochoso que me cerca,
Consegue destruir minha raiva,
Me faz rir,
E esquecer o que me irritava,
Mas não posso dizer que é meu amor,
Por quê talvez não dê certo,
Ou não seja real,
Mas você enfraquece minha tempestade,
E me faz sentir a melhor chuva de verão que já existiu.

Hey Lyrers, mais um poema para vocês, espero que três poemas num dia seja o bastante para me desculpar pela demora de postagem. Juro que postarei mais no fim de semana.
Beijinhos da Lyra. :D

Viajo em você

Você me faz voar,
Viajar sem sair do lugar,
Navegar num oceano castanho,
Que é o seu olhar,
Me prende nas correntes do teu cabelo cacheado,
Por dentro tu é um universo estrelado,
A ser desbravado,
Onde quero me aventurar,
Me perder,
E nunca voltar,
Na noite escura,
Você é estrela que mais brilha,
Tão forte irradia,
Mais brilhante que o lua e o sol juntos,
Você é o único destino que eu quero,
A única viagem que vale a pena,
A única pessoa que eu desejo mais que tudo,
É você,
Meu amor.

Ass: Lyra

(In)Reciprocidade

Se não é recíproco,
Não vai doer,
Não vamos nos importar,
Você não vai ligar,
Por quê não existiu nada,
Se não é recíproco,
Eu não vou te fazer ficar,
Não vou insistir,
Você faz o que bem entender,
Não posso te obrigar a continuar,
Se não é recíproco,
Você não vai sentir falta,
Não mesmo,
Por quê você sabe que não foi real,
Se não é recíproco,
Então eu vou embora,
Para nunca mais voltar,
Até por quê não foi recíproco,
E não haverá saudade,
Nem culpa,
Pois nada aconteceu,
Na realidade.

Hey Lyrers, sei que fiquei off por muito tempo, mas prometo que vou tentar aparecer mais aqui para vocês e compensar meu hiatus. Espero que gostem do poema.
Beijinhos da Lyra. :D

sábado, setembro 24

Transfor(mar)

Às vezes,
Sozinho,
Perdido em mim,
Eles vêm,
Pensamentos destrutivos,
Sentimentos corrompidos,
Tudo o que há de ruim,
Esse conjunto mortal,
Me possui,
Esse caos me destrói,
Me remonta,
Algo imoral,
Um fuga,
Um refúgio mental,
Verdade brutal,
Uma morte lenta,
Nada dolorosa,
Um renovo,
No meio da tempestade,
Uma transformação,
Mudança total,
De dentro para fora,
Se vai o caos, o tornado,
Torna-me oceano,
Calmo e sereno,
Por vezes, meio bravo,
Furioso,
Mas, geralmente,
Belo, reluzente,
Ora sou céu,
Ora sou sol,
Mas prefiro ser eu,
Ser mar,
Cheio de ondas,
Cheio de histórias,
Cheio de amores,
E de promessas,
Sempre o mesmo,
E sempre novo,
Sempre mar,
E oceano.

Hey Lyrers, mais um poema sobre transformação e liberdade de existência para vocês. Espero que gostem.
Beijinhos da Lyra. :D