Celestial é a boca do abismo,
Não há em Terra, tão sublime sentimento,
Que sentimento? O de pré-morte!
Antes de deixar este cruel plano, muito se morre,
Mesmo ainda vivo.
Se morre de amor, de cansaço,
Ou simplesmente de exaustão.
Se morre de tanto pensar, e de não pensar nada,
Se morre de mente e de alma,
E no fim, se morre sem nada,
Sem bem, sem mal,
Sem amor, sem ninguém,
Só se morre, pois é o fim,
O fim do corpo, e porém, o fim de tudo,
E daí, já se pulou do precipício,
Já se rolou penhasco à baixo,
E tudo se foi descartado,
No final das contas,
Nem paz para a morte se tem,
Pois se morre rodeado...
Hey Lyrers, após meio século de espera, trago hoje uma reflexão sobre a visão pré-estabelecida de morte que nos é dada desde o berço. Espero que gostem!
Beijinhos da Lyra. ;)
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